Desde pequenos, são incutidas em nossa mente as crenças de nossos pais, como o coach André Ferreira menciona no artigo Acredite se quiser, e, conforme vamos crescendo, criamos nossas próprias crenças e limites, principalmente aqueles que são originários das diferenças que eu tenho em relação ao outro.
São as cores, o jeito de pensar, a forma de se vestir, a linguagem a utilizar, e, o que isso tudo tem em comum é que, neste processo de diferenciação, eu me coloco sempre acima ou abaixo do outro, e, convenhamos, nosso ego sempre faz uma forcinha pra nos colocar numa posição acima do outro, como por exemplo: minha faculdade é de uma linha superior, minhas competências são melhores, minhas roupas tem uma marca superior.
Fazendo um paralelo disso com o movimento de transdisciplinaridade atual, que traz a conotação não somente daquilo que está entre as disciplinas, mas também o que está através e além das disciplinas, nos leva a crer que existem diversos níveis de realidade que coexistem, o que é explicado atualmente com a física quântica.
Juntando os diversos níveis de realidade, e os diversos indivíduos e suas características pessoais, o quanto ainda faz sentido essa necessidade de diferenciação para mais ou para menos, para certo ou para o errado, que ainda insistimos em incluir na nossa rotina diária?
Essas fronteiras ainda são necessárias?
É possível viver como o grande ator de sua vida numa grande cena, com outros atores que comungam do mesmo espaço. Também é possível encarar as diferenças como realidades diferentes e concomitantes, recursos individuais disponíveis e necessários naquele exato momento, que simplesmente são novos horizontes a perceber, com a curiosidade de uma criança, e que podem deixar de ser fronteiras a restringir.
Sabrina Green é Psicóloga, Coach pela ICC e especialista em Recursos Humanos
http://www.greendh.com.br
Contato: coaching.green@gmail.com