Em momentos como o que estamos passando agora, principalmente após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos da América, torna-se cada vez mais essencial trabalharmos para o desenvolvimento pessoal em busca de uma nova humanidade. Uma sociedade Integral onde cada Ser seja visto como parte de um todo é a única saída para garantirmos que ainda possamos ter um futuro como humanidade.
As divisões entre os povos, seja por seus princípios culturais, por suas crenças, ou até mesmo pelo sentimento de patriotismo presente em várias nações, não está nos dando bons frutos. Entre os mais conhecidos problemas que essa divisão nos causa, estão: guerras, crises econômicas, epidemias, discriminação, desigualdade social, terrorismo e principalmente a fome que em pleno século vinte e um continua matando.
Se o problema é a divisão, a solução é a união, a integração. A palavra integral se origina do latim INTEGRARE, que significa tornar um só, sem divisão. Mas será que todos nós temos a capacidade de se integrar ao todo?
A resposta é sim, todos podem chegar a integralidade. E na verdade, nós já somos seres integrais, só nos falta ter a consciência de que somos, e com essa consciência, passar a direcionar tudo o que fazemos ou pensamos para o propósito integral.
O exercício para essa reconexão começa em aprendermos a aguçar a nossa percepção com nós mesmos. É impossível chegarmos ao integralismo caso não nos conheçamos por completo em todos os nossos centros de inteligência: racional, emocional, físico e espiritual. Quando se fala em equilíbrio, obrigatoriamente precisamos passar pelo entendimento do que é a real liberdade, para posteriormente irmos em busca da evolução de nossos 4 centros de inteligência. A liberdade real está ancorada em viver no presente, livre de nossos medos e da ansiedade. Precisamos trabalhar o significado das coisas que estão acontecendo conosco e ao nosso redor. O maior aprendizado é reconhecer que a mente julgadora precisa dar lugar a contempladora, onde o bom e ruim estão interligados e na verdade não existem dentro de um contexto.
Quando começamos a trabalhar nossos centros, normalmente focamos apenas em um ou dois em nossa caminhada evolutiva. Exemplos não faltam nos dias de hoje, pessoas que empreendem boa parte de seu tempo dentro de academias ou parques buscando o equilíbrio e saúde corporal, e também outros que passam a vida dentro de universidades evoluindo seu centro racional, ou vivem em retiros de meditação para sua evolução espiritual. Um ser integral não abandona nenhum de seus centros, e jamais prejudica um deles para desenvolver o outro.
O mundo empresarial ainda privilegia a recompensa material, financeira e protecionista através de seus benefícios. Seus programas de desenvolvimento estão normalmente atrelados à busca de novas habilidades e quase nunca ao autoconhecimento.
Ao observar as políticas de estado, notamos que somente uma pequena amostra de países já descobriu o caminho integral e está seguindo os passos da verdadeira evolução. Estão motivando as pessoas a buscarem sua evolução sem amarras. Pois, o que acontece com a maior parte das nações, é que em sua essência estão cumprindo um papel de arrebanhar seus povos ao redor da dependência do estado, corporações privadas, ou ideologias religiosas. O estado que busca a evolução integral, coloca todos os seus integrantes em um mesmo patamar de importância, onde não são mais discutidos direitos e deveres, mas o que é o melhor a ser feito pela coletividade em cada decisão, frente a cada situação específica. As instituições públicas não são mais parte de um estado longínquo, onde as pessoas buscam apoio para solucionar seus problemas, ou encontrar proteção, as instituições existem para facilitar a integração de cada um à coletividade, proporcionando a todos as mesmas oportunidades. Talvez, os países que estejam mais próximos ao que me refiro sejam os países nórdicos, onde o estado de bem-estar social tem resgatado valores de igualdade e coletividade entre as pessoas.
Mas mesmo sem políticas de estado que nos ajudem a ter essa percepção, mesmo sem uma evolução de nossas instituições em busca desse grande objetivo, alguma coisa está acontecendo. Nunca tivemos tanta gente perdendo o medo de se autoconhecer e buscando trabalhar suas fraquezas e potencializar suas fortalezas. Cada vez mais pessoas estão buscando liderar suas próprias vidas. O mundo está revelando a força do empoderamento, que passa pelo nivelamento de oportunidades até chegar a autossuficiência de cada comunidade. Estamos trabalhando nossa resiliência, ao invés da proteção excessiva que produz alienados frente a realidade.
Sim, a revolução integral já começou, mesmo que eu ou você ainda não façamos parte dela, ou nem se quer tenhamos percebido. Cabe a cada um de nós dar o primeiro passo.
Até a próxima pessoal.
André L. G. Ferreira, Coach certificado pela International Coaching Community, Administrador e especialista em Qualidade.
http://www.greenintegral.com.br
contato: andre.ferreira@greendh.com.br